quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Seminário

O I Seminário Nacional de Educação de Surdos, "Interfaces da Educação de Surdos" é fruto da parceria da Universidade Federal do Oeste do Pará, Secretaria Municipal de Educação de Santarém, 5ªURE e o Instituto Nacional de Educação de Surdos(INES).

O evento objetiva a busca por reflexões, troca de experiências e socialização de pesquisa na área da educação da pessoa com surdez.

A promoção desse seminário na Região Oeste do Pará marca um importante passo, a fim de ampliar as discussões pesquisas sobre surdez em nossa região. Assim, o presente seminário busca unir forças em prol da problematização e melhor implementação de uma educação de surdos de qualidade, que atente para o seu aspecto lingüístico e cultural.

Para maiores informações acesse AQUI

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Especialização

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano (IF Baiano) está recebendo inscrições destinadas à realização de Processo Seletivo para preenchimento de vagas do Curso de Especialização de Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, para ingresso em 2011, na modalidade presencial.

Serão ofertadas 35 (trinta e cinco) vagas, distribuídas conforme estabelecido no Edital.

A inscrição neste Processo Seletivo dar-se-á exclusivamente, via Internet, através do endereço eletrônico: concursos.ifbaiano.edu.br, no período de 24 de outubro a 07 de novembro de 2011 até às 18h00 do último dia de inscrição.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Material de Libras

Mais do que uma escola, o Ines é o Centro Nacional de Referência na Área da Surdez.

O Instituto Nacional de Educação de Surdos - INES, órgão do Ministério da Educação - MEC, tem como missão institucional a produção, o desenvolvimento e a divulgação de conhecimentos científicos e tecnológicos na área da surdez em todo o território nacional, bem como subsidiar a Política Nacional de Educação, na perspectiva de promover e assegurar o desenvolvimento global da pessoa surda, sua plena socialização e o respeito as suas diferenças.

Centro de Referencia Nacional na Área da Surdez, presta assessoria técnica nas seguintes áreas: prevenção à surdez, audiologia, fonoaudiologia, orientação familiar, orientação para trabalho e qualificação profissional, artes plásticas, dança, biblioteca infantil, Língua de Sinais, informática educativa, atendimento à múltipla deficiência (sempre aliada a surdez), prevenção às drogas, experiência educacional bilíngüe, ensinos fundamental e médio e ações para a cidadania (palestras sobre temas atuais). Também promove anualmente, Seminário Nacional / Congresso Internacional sobre temas relevantes na área da surdez, alem de publicações semestrais de revistas e periódicos de cunho técnico e cientifico.

O material produzido pelo INES é distribuído gratuitamente para pessoas jurídicas e, caso você esteja atuando na área da surdez você deve enviar um ofício da instituição na qual trabalha.

Para maiores informações sobre como adquirir o material acesse AQUI

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Livros online


O Portal da Secretaria de Educação de São Paulo está disponibilizando (gratuitamente) dois excelentes livros para os profissionais da educação.

São eles:
Orientações Curriculares e Proposição de Expectativas de Aprendizagem para a Educação Infantil e Ensino Fundamental
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS

Orientações Curriculares e Proposição de Expectativas de Aprendizagem para a Educação Infantil e Ensino Fundamental
Língua Portuguesa para Pessoa Surda - LIBRAS

Veja aqui

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Dia do surdo


Mundo Surdo

Fala! Não te ouço

Vivo em um mundo paralelo

De gestos e pensamentos

Que tomam conta de meu ser

Vivo em um mundo paralelo

Ás vezes falo ninguém escuta.

Sou eu que sou surda? Ou são os outros

Que fingem me ouvir mais sem nada entender

Vivo em um mundo paralelo

Sem som, nem canção, sem acordes nem notas

Apenas um grande silencio

Que me segue

Aonde quer que eu vá

Vivo em um mundo surdo

Aonde os sons que ouço são gestos e expressões

Sou eu que sou surda


(Daniela Caldas)

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Curso Librasnet - Matrículas abertas


Estão abertas em nosso site as matriculas para as próximas turmas do Módulo Librasnet Total.

Acesse www.megainfo.inf.br

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Barreiras Atitudinais

“ “… É preciso que esclareçamos que barreiras atitudinais não são visíveis como as barreiras físicas, e sua remoção não se dá pela mera vontade dos dirigentes de uma empresa ou de seus subordinados. As barreiras atitudinais, na maioria das vezes, são inconscientes, e de difícil reconhecimento, mormente por parte de quem as pratica.

Pela eliminação de barreiras atitudinais eliminam-se as demais barreiras, e viabilizam-se a acessibilidade comunicacional, a acessibilidade programática, a acessibilidade metodológica, a acessibilidade física, enfim viabiliza-se o desenho universal e a conseqüente ampliação do potencial laboral da empresa. Então, são as barreiras atitudinais as que mais podem impedir a contratação ou viabilização da permanência de um empregado com deficiência numa dada empresa.

Por outro lado, são as acessibilidades atitudinais as que certamente vão ampliar o potencial empregador da empresa a horizontes infinitamente distantes. De repente, se verá a possibilidade de empregar trabalhadores com deficiência em um posto de trabalho antes impensável para aquele trabalhador. Isso requererá, contudo, bem menos investimento econômico do que investimento pessoal de todos os seus colaboradores. Esteados no documento “Comportamento: barreiras atitudinais”, resumimos a seguir as principais barreiras dessa natureza levantadas/encontradas no ambiente de trabalho.

1 - Atitude de Inferioridade
Pelo fato de um trabalhador tornar-se impossibilitado de realizar uma atividade importante, alguns acreditam que ele é um empregado de segunda classe e, automaticamente, não tão digno ou competente quanto um trabalhador sem deficiência. A percepção de que um empregado com deficiência é menos capaz, nega-lhe a chance de competir em pé de igualdade com as demais pessoas.

2 - Atitude de Pena
Muitos colaboradores tendem a sentir pena do empregado com deficiência, o que leva a comportamentos com ares benevolentes. Os empregados com deficiência não precisam de pena, eles precisam de oportunidades.

3 - Atitude de Exaltação do Heroísmo
Muitas vezes considera-se uma pessoa com deficiência, que vive independentemente, ou busca uma carreira, como sendo corajosa ou especial simplesmente por superar uma deficiência. Os empregados com deficiência não querem louvores por simplesmente terem conseguido terminar o dia de trabalho. Guarde o aplauso para uma realização que seja realmente vista pelo trabalhador com deficiência como digna de elogios.

4 - Atitude de Ignorância ou Desconhecimento
Um empregado com deficiência é muitas vezes rejeitado como incapaz de realizar uma tarefa antes mesmo de lhe ser dada uma oportunidade de tentar. Não presuma que você conhece as habilidades de uma pessoa com deficiência só porque já viu ou conheceu outra pessoa com mesma deficiência.

5 - Comportamento de Generalização
Muitos colaboradores supõem que uma dada deficiência de um trabalhador afeta negativamente outros sentidos, habilidades ou traços de personalidade, ou que a pessoa como um todo é deficiente. Por exemplo, muitas pessoas gritam (falam com voz demasiadamente alta) para pessoas cegas, ou não esperam que pessoas que usam cadeiras de rodas tenham inteligência para falarem por si próprias. A pessoa que generaliza incorre no erro de não ver o indivíduo como um todo, vendo-lhe apenas a deficiência.

6 - Crença em Estereótipos
O outro lado do comportamento de generalização são as generalizações positivas ou negativas que as pessoas formam a respeito das deficiências. Por exemplo, muitos acreditam que todas as pessoas que são cegas são grandes músicos, todas as pessoas que usam cadeiras de rodas são raivosas, todas as pessoas com deficiências cognitivas são inocentes e dóceis, e todas as pessoas com deficiências são tristes e amargas. Aceite seus colegas de trabalho como eles são, e não generalize baseado em sua própria observação.

7 - Atitude de Medo
Muitas pessoas têm medo de que vão fazer ou dizer a coisa errada perto do empregado com deficiência. Elas, portanto, evitam seu próprio constrangimento, esquivando-se desse empregado. Outras vezes, podem buscar manter um empregado com deficiência “afastado”, por receio de que ele venha dizer ou fazer algo que vá ofender um cliente, ou manter afastado o cliente para “protegê-lo” do contato com o empregado com deficiência.

8 - Vantagem ou Favorecimento
Muitos colaboradores acreditam que indivíduos com deficiência recebem vantagens especiais, ou exigências menores no trabalho. As mesmas condições precisam ser asseguradas a todos. O respeito às necessidades do trabalhador com deficiência não implica na defesa de privilégios especiais para o empregado com deficiência, apenas exige oportunidades iguais para eles.

Muitas deficiências, tais como deficiências cognitivas, transtornos psicológicos, epilepsia, câncer, artrite e problemas cardíacos não são visíveis. Por isso, muitas pessoas pensam que essas não são deficiências que precisem de tratamento diferenciado. Defini-se deficiência como uma condição que limita substancialmente uma ou mais atividades da vida. A promoção da igualdade de condição para todas as deficiências, visíveis ou ocultas, que se enquadrem na definição acima, pode manter trabalhadores valorosos no emprego e abrir portas para outros.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao falarmos de empregabilidade e de responsabilidade social, estamos convidando toda a sociedade, nela incluída a empresa, a transformar-se de modo a respeitar os direitos humanos de todas as pessoas, sem o que não haverá inclusão, sem o que não haverá cidadania, sem o que não haverá humanidade nas pessoas; com o que a empresa manifestará seu total potencial empregador para todos os seus empregados (trabalhadores com e sem deficiência), com o que oferecerá melhor qualidade de vida para seus empregados, com o que receberá maior produtividade destes, com o que alcançará maiores lucros (garantidos, qualitativa e quantitativamente), com o que a empresa será digna de receber o título de “Empresa Socialmente Responsável e Inclusiva”.”


O presente conjunto de orientações é extrato de um artigo, A empregabilidade da Pessoa com deficiência no Ambiente Laboral, por Francisco Lima e colaboradores e foi apresentado como palestra em 09/03/2010.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Para refletir

A pessoa com deficiência quebra a cultura da indiferença. Tenha coragem de ser diferente.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

BPC

As pessoas com deficiências de qualquer natureza e em qualquer idade que não contribuem para Previdência Social e não têm direito a aposentadoria podem recorrer a Lei Orgânica de Assistência Social. A lei é um benefício de prestação continuada (BPC) da Assistência Social paga pelo Governo Federal a quem tem renda mensal inferior a um quarto do salário mínimo vigente, o que atualmente corresponde a R$ 136,25.
O funcionamento da Lei é de responsabilidade do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Para solicitar o benefício o cidadão pode procurar os Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) de seu município ou a Secretaria Municipal de Assistência Social.

Como pedir o BPC?

Se você acha que tem direito a este benefício basta ir a qualquer posto do INSS com os seguintes documentos:

- Certidão de Nascimento

- Um documento de identidade

- CPF e comprovante de residência

Você precisa também levar os documentos de todos os integrantes de sua família.

Após isso basta preencher o formulário de inscrição e também o formulário de declaração de renda mínima. Esses formulários serão fornecidos pelo funcionário do INSS.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Novas pesquisas

A pesquisadora e professora Edi Lúcia Sartorato, do Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética da Unicamp (CBMEG), é um bom exemplo de como as pesquisas podem beneficiar diretamente a população. Ela desenvolveu um método de diagnosticar a surdez genética em bebês recém-nascidos usando um pedaço de papel com uma gota de sangue, dos quais é feito em teste de DNA. “Pode ser usada a mesma amostra para fazer o Teste do Pezinho, que e obrigatório por lei”, conta.

Sua pesquisa ganhou o Prêmio Governador do Estado em 2001. O pedido de patente para esta tecnologia foi depositado no Inpi e um laboratório do Rio de Janeiro comercializa o teste desde 2004.

Ela conta que o teste é importante porque a criança pode nascer ouvindo, mas terá surdez progressiva e ficará surda. A média de idade da detecção da surdez no Brasil é 2 anos e meio. “É essencial a identificação precoce".

O recomendado é que haja intervenção até três meses de idade. É preciso colocar aparelho para que a criança tenha ao menos uma audição residual ou iniciar a reabilitação por linguagem de sinais, estimulação é essencial para garantir desenvolvimento normal da criança”, explica. A pesquisadora explica que vários genes causam surdez, mas um determinado gene causa um problema específico. “A mutação é muito frequente”, diz. Edi acrescenta que 50% dos casos de surdez são genéticos e o restante é provocado por fatores ambientais, como complicações provocadas pela rubéola e meningite. Ela acrescenta que o teste da orelhinha, obrigatório por lei, não é o suficiente para aferir a qualidade da audição do recém-nascido, já que o problema pode se desenvolver com o tempo.

Fonte: http://www.rac.com.br

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Festival


A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e Universidade Federal de Pelotas (UFPel) promovem o Festival Brasileiro de Cultura Surda.


O objetivo deste festival é dar visibilidade e contribuir para a divulgação das produções culturais das comunidades surdas brasileiras, potencializando intercâmbios entre os diferentes atores envolvidos na produção, circulação e consumo dos artefatos pertencentes à cultura surda.


Com ênfase no registro das produções culturais das comunidades surdas, o Festival congrega quatro eixos:

- mídia-cinema

- literatura

- teatro

- artes visuais.

Para maiores informações acesse http://www.culturasurda.ufrgs.br/index.html#620

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Parque de diversão abre as portas gratuitamente em data especial para as pessoas com deficiência.

Brincar e se divertir é sempre bom, em qualquer idade. E foi pensando na alegria e no bem-estar das pessoas com deficiência que o Sindicato Nacional de Parques e Atrações Turísticas (Sindepat) e a Associação Brasileira das Empresas de Parques de Diversão do Brasil (Adibra) fecharam parceria inédita com o objetivo de proporcionar um dia especial para as pessoas com deficiência. A data escolhida foi o dia 03 de dezembro.

Para maiores informações acesse a Revista Sentidos - http://revistasentidos.uol.com.br/index.asp

Fonte: http://www.deficienteciente.com.br

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Curta-metragem


Pela primeira vez, pessoas surdas, cegas e sem deficiência "aparente" poderão sentar-se JUNTAS na sala de um cinema. É que no dia 20 de agosto, às 19h, em um encontro sobre inclusão na cidade de Campos do Jordão (SP), a Vez da Voz lançará seu primeiro curta-metragem em formato totalmente inclusivo, com som, imagem, legenda, Libras e audiodescrição.

O filme “De boca em Boca”, produzido em 2010 pela ONG Vez da Voz em parceria com a Inclusiva Filmes, mostra as dificuldades e as possibilidades de inclusão da pessoa com deficiência em diversas atividades do dia a dia.

Situações simples como caminhar na rua ou ir ao dentista podem se transformar em um grande problema se o mundo não é pensado para todo mundo.

E é essa a intenção do curta: promover uma reflexão e uma mudança de comportamento dos cidadãos.

Além de apresentar o filme, integrantes da Vez da Voz irão ministrar palestras e promover oficinas. O encontro será realizado na Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP), Campus Platanus – Av. Januário Miraglia nº 3 – Vila Abernéssia.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

e-books

A Editora Arara Azul disponibiliza textos para download gratuito em formato PDF.

São artigos, traduções e adaptações, pesquisa em estudos surdos, livros diversos.

Acesse AQUI

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Vídeo

Uma forma divertida de ensinar o ABC em Libras.


Veja aqui

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Livro online

A Biblioteca Digital da UNICAMP disponibiliza o livro A língua brasileira de sinais: reconhecimento e legitimação, de Sabrina de Oliveira Maciel de Sousa.

Resumo:

Em decorrência da Política de Educação Inclusiva temos o último documento, o decreto nº 5.626 de 2005, que legitima a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS – como a língua oficial da comunidade surda. Daí a importância de revermos as leis que promovem a inserção dessa língua no ensino superior e na formação do professor. Dessa forma, inúmeras mudanças vêm ocorrendo na área da surdez no que se refere às questões educacionais. Neste trabalho realizamos um levantamento documental sobre leis, decretos e portarias no período de 1994 a 2007, que dão visibilidade a Língua de Sinais com o objetivo de pesquisar a trajetória da educação dos surdos e seus movimentos no Brasil, partindo da Declaração de Salamanca e finalizando com o projeto de lei sobre a educação especial ainda em discussão. A metodologia de pesquisa está centrada na análise de conteúdo de acordo com Bardin (1977). Este trabalho possibilita maior conhecimento sobre todo o percurso da Língua de Sinais na educação e sobre as constantes lutas da comunidade de inserção social e educacional.

Fonte: AQUI

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Concurso

A Câmara Municipal de Imperatriz (MA) abriu concurso para intérprete de libras.

As inscrições devem ser feitas de 8 a 28 de agosto no site www.fundelta.com.br.

Os candidatos que não dispuserem de acesso à internet poderão efetuar a inscrição na sede da Câmara Municipal de Imperatriz, localizada na Rua Simplício Moreira, nº 1185, Centro, Imperatriz - MA, em dias úteis, no horário das 8h às 12h e das 14h às 17h.

A prova objetiva será no dia 2 de outubro.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Legenda ou Janela de Intérpretes?


Falar em acessibilidade para deficientes auditivos costuma, na sua maioria dos debates, resumir-se a incluir intérpretes de Líbras. Realmente, existem muitos deficientes auditivos que são fluentes ou usuários exclusivos dessa língua, mas e os que não são?


Outro dia, isso me resultou num debate pertinente sobre o tema numa lista de discussão de TV Acessível. Alguém mandou um vídeo que falava sobre deficiência auditiva, mas só tinha janela de interprete. Nem a legenda oculta (closed caption) havia. Resultado, o vídeo não era acessível aos deficientes auditivos que não eram fluentes em Líbras.


Foi aí que começou o debate: Mas todo deficiente auditivo não é fluente em Libras?


Como já contei aqui na coluna, existem deficientes auditivos de grau moderado que suprem suas necessidades com as próteses auditivas. E deficientes auditivos unilaterais. E deficientes auditivos que foram oralizados e tem a língua portuguesa como única base idiomática, os surdos oralizados. E nem todo surdo oralizado nasceu surdo, alguns perderam a audição no final da infância, outros na adolescência e até na idade adulta. A solução de acessibilidade pra todos esses é forçar que mudem o idioma em que se comunicam?


Aprender português fluentemente a ponto de conseguir ler as rápidas legendas, para quem tem Líbras como principal idioma não é fácil. Para eles, português é segunda língua. Por isso, o acesso à Língua de Sinais é prioridade para este grupo! Seja pela janela de interprete nos programas, seja pela presença de interpretes em palestras e cursos. Seja criando grupos de teatro que interpretam usando a Líbras como forma de comunicação principal.


Só não se pode esquecer dos outros deficientes auditivos que também existem e também querem acesso à informação. E isso não se resolve exigindo que se adaptem a um idioma que eles não dominam e que é um idioma como qualquer outro e depende de anos de estudo e bastante prática para se ter total domínio. Afinal, a Líbras não é português em mímica, é uma língua com estrutura e sintaxe próprias e nos soa tão confuso quanto qualquer outro idioma que não tenhamos fluência.


Para nós, surdos oralizados, a adaptação que precisamos é a legenda. Inclusive, existe uma específica para nós, a legenda descritiva, que descreve não apenas o que é falado, mas também quais os sons ambientes dos programas. Avisa quando cachorro late, quando campainha toca, quando um bebê chora fora do ângulo da câmera. Essas adaptações nos são necessárias, para que possamos aproveitar um filme, uma novela, um programa, tanto quanto um ouvinte.


As legendas também ajudam estrangeiros que estão no Brasil e precisam aprender português.


Imagine se você, ouvinte, acordasse sem audição amanhã. Iria preferir aprender outro idioma ou ter acesso ao idioma que você sempre usou, ainda que visualmente?


Esse é o mesmíssimo caso dos surdos oralizados, nós queremos acesso ao português escrito.


Por isso, a acessibilidade para a deficiência auditiva não se dá pela questão do “ou”: janela de intérpretes OU legendas. Ela se dá pela solução do “e”: janela E legenda. Precisamos de ambos!


Isso é acessibilidade: permitir que cada pessoa tenha acesso ao que necessita da maneira que é mais adequada para ela. Do contrário, não pode ser chamado de acessibilidade.


Fonte: http://www.acessibilidadetotal.com.br

Autor: Lak Lobato

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Candidato com surdez unilateral entra em vaga de deficiente no concurso público


Pessoas com deficiência auditiva unilateral podem concorrer às vagas reservadas aos portadores de necessidades especiais nos concursos públicos. A decisão é da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em recurso da União contra candidata aprovada em concurso do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF).

A questão já havia sido decidida pela ministra Laurita Vaz e foi confirmada pela Turma de forma unânime. A candidata impetrou mandado de segurança contra a União por causa da exclusão de seu nome da lista dos candidatos aprovados que se declararam portadores de necessidades especiais no concurso para técnico judiciário do TJDF de 2007. Ela alegou surdez no ouvido direito, com apresentação do laudo médico comprovando a deficiência no momento da inscrição no concurso.

O TJDF, no julgamento, concedeu a segurança, determinando a inclusão do nome da candidata na relação dos aprovados. A União recorreu ao STJ, com a alegação de que, para ser considerada deficiência auditiva, a surdez deve ser bilateral, nos termos do Decreto 3.298/99. Entretanto, a relatora, ministra Laurita Vaz, considerou a decisão do tribunal distrital de acordo com a jurisprudência do STJ, que assegura ao portador de deficiência auditiva unilateral a reserva de vagas destinadas a deficientes no concurso público.

Fonte: http://www.jusbrasil.com.br

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Para refletir


O reconhecimento legal da língua brasileira de sinais significou a admissão pelo Estado de que as comunidades surdas se constituem numa minoria linguística.

No plano pedagógico, isso deveria significar a substituição do antigo critério médico da condição sensorial (a surdez) para o critério linguístico, psicológico, antropológico e pedagógico da especificidade da língua (a Libras).

Assim, a relação da escola com a criança surda não poderia mais ser pensada sob a perspectiva da deficiência, mas sim da diferença linguístico-cultural.

Apesar disso, as atuais referências da discussão sobre a inclusão educacional continuam a se constituir no plano abstrato da categoria médica da deficiência, na qual coisas tão pouco relacionadas entre si, como diferenças físicas, sensoriais e cognitivas, são, com base no critério da normalidade, indistintamente agrupadas.

Feita essa abstração, a deficiência é então pensada no plano igualmente abstrato dos direitos humanos, no qual se afirma a igualdade de todos os indivíduos; logo, todas as pessoas com deficiências, sendo iguais às demais, devem da mesma forma frequentar as escolas ditas regulares. Essa é, em todos os aspectos, uma conclusão correta.

O problema só surge quando daí a atual equipe de educação especial do Ministério da Educação (MEC) conclui que qualquer reivindicação à diferença, mesmo quando se trata da diferença linguística dos surdos, é contra os direitos humanos, pois é contra o princípio da igualdade.

Por permanecer presa à identidade formal do gênero humano consigo mesmo, a abstração que serve de base à atual política de inclusão educacional não consegue conter o desenvolvimento da diferença. Assim, a atual política oficial de inclusão opera uma abstração da especificidade linguística dos surdos e a reconduz à categoria médica da deficiência, através da qual busca dissolver a diferença surda na igualdade abstrata entre os indivíduos.

Trata-se de uma naturalização da surdez, uma fixação do surdo no que lhe falta do ponto de vista sensório-perceptivo e, ao mesmo tempo, uma negação do que excede a essa falta natural, que é a língua na qual ele organiza o mundo e nele intervém. Justo quando quer abandonar o critério médico como critério pedagógico, a atual política de inclusão educacional a reafirma como critério pedagógico.

Desse modo, a velha escola especial – que no caso dos surdos quer dizer a escola oralista, lugar de cura da surdez e de reabilitação da fala – retorna com todos os seus direitos na chamada escola inclusiva, que mantém a Português como língua de instrução.

Para os surdos, a superação radical do critério médico como critério pedagógico, que é comum à antiga e à nova política de educação especial, só pode ser uma escola diferenciada bilíngue Libras/Português, na qual se acolha e se desenvolva o que os surdos fizeram linguístico-culturalmente de si, para além do que lhe faltou a natureza.

Texto escrito por Emiliano Aquino – Doutor em Filosofia.
Fonte: O Povo Online (01/08/11) / http://www.deficienteciente.com.br

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Vestibular

A Universidade do Estado do Pará – UEPA divulgou as normas e procedimentos para o Processo Seletivo de ingresso aos cursos de graduação no Ensino Superior para 2012.

Um dos cursos ofertados é o de Licenciatura em Letras – com ênfase em LIBRAS e neste curso as vagas serão ocupadas prioritariamente por pessoas surdas de acordo com Decreto nº 5. 626, de 22/12/2005.

Para maiores informações:

Rua do Una, 156, Telégrafo, Belém-Pará CEP: 66.050-540

Fone: (91) 3299-2216 Fax: (91) 3244-4009

E-mail: daa@uepa.br

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência


Com uma programação de filmes que ultrapassam barreiras, desmontam preconceitos, fazem pensar e divertem, dando novas perspectivas à questão da deficiência, o Festival Assim Vivemos tem se constituído na maior celebração da inclusão cultural do Brasil.

Nele, as pessoas com deficiência são as protagonistas, tanto nos filmes quanto no público.

Para que isso se tornasse realidade, desde sua primeira edição, o Assim Vivemos traz todas as acessibilidades (audiodescrição, catálogos em Braille, legendas Closed Caption, interpretação em LIBRAS nos debates e salas de cinema acessíveis a cadeirantes).

Em duas semanas, serão exibidos 28 filmes de 12 países, revelando universos singulares quanto o de crianças de Myanmar (ex-Birmânia) e o de mulheres cadeirantes de Moçambique. Como já é tradicional, serão realizados quatro debates sobre temas específicos, congregando pessoas com deficiência, profissionais especializados, professores universitários, diretores de cinema, entre outros.

Alguns destaques desta edição: Incluindo Samuel, dos Estados Unidos, e Incluir Também se Aprende, do Brasil, filmes que colocam em foco a educação inclusiva. Quando Brilha um Raio de Luz, do Irã, que mostra a bela relação de companheirismo entre duas irmãs. Downtown, da Polônia, que acompanha a realização de um ensaio fotográfico com jovens com síndrome de Down. O Tempo de Suas Vidas, do Reino Unido, que coloca em perspectiva as questões da terceira idade.

E muito mais: filmes da Rússia, Canadá, Noruega, Irlanda, Suíça, numa programação que compõe um impressionante painel multicultural.

Todas as sessões terão ENTRADA FRANCA.
16 a 28 de agosto – CCBB Rio de Janeiro*
13 a 25 de setembro – CCBB Brasília
5 a 16 de outubro – CCBB São Paulo

*No Rio de Janeiro, sessões também no SESC Ramos e no SESC Madureira.

Confira a programação completa nos sites www.assimvivemos.com.br

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O mercado de trabalho para intérpretes

Segundo o Censo Escolar do Inep, em 2003, havia 56 mil surdos matriculados na educação básica no Brasil e apenas 344 pessoas com deficiência auditiva no ensino superior.

Em 2005, pouco mais de 66 mil crianças e jovens com surdez frequentavam a escola e o número de pessoas com esse tipo de deficiência no ensino superior era de 974, em todo o país.

O Decreto-lei 5.626, de 22 de dezembro de 2005 reconhece a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS como meio legal de comunicação e expressão das pessoas surdas. Este decreto determina que as empresas públicas ou concessionárias de serviços públicos devem garantir às pessoas surdas o tratamento diferenciado, por meio do uso, da tradução e interpretação da LIBRAS, que deverá ser prestado por servidores capacitados para esta função. Para isto, devem dispor de, pelo menos, 5% de servidores capacitados para o uso e interpretação da Libras.

Também determina que a LIBRAS deve ser inserida como disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação de professores para o exercício do magistério, em nível médio e superior, e nos cursos de Fonoaudiologia, de Instituições Públicas e Privadas.

Para atender a esta demanda o curso de Língua Brasileira de Sinais (Libras) é uma das áreas de formação que mais cresce atualmente.

Escolher fazer um curso de Libras é uma boa escolha para profissionais de qualquer área para que complementem o seu currículo.

Mas uma carreira em especial deve dar uma maior atenção a este aprendizado: o professor.

A escola é o primeiro grupo, depois de sua própria família, onde o surdo se integra e é preciso que este espaço esteja preparado para recebê-lo.

E o profissional que domina esta língua tem amplas oportunidades no mercado de trabalho, atuando como intérprete em eventos diversos e empresas, além de sua atuação em sala de aula.

LIBRASNET TOTAL - Matricule-se AQUI

LIBRASNET PLUS - Matricule-se AQUI

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Novos concursos


Prefeitura Municipal Ipiranga do Norte
Cargos: professor de educação especial, técnico administrativo educacional – psicopedagogo, professor pedagogia – 1º ao 5º ano, professor pedagogia educação infantil.
Maiores informações aqui

Prefeitura de Nova Olinda PB
Cargos: professor A-1, professor A-2 (artes e religião, ciências, educação física, língua inglesa, língua portuguesa, matemática)
Maiores informações: atendimento_candidatos@mettaconcursos.com.br

Prefeitura de Primavera do Leste (MT)
Cargos: professor e pedagogo
Maiores informações: fauel@fauel.org.br

Prefeitura de Recreio (MG)
Cargos: professor
Maiores informações: atendimento@idecan.org.br

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Seminário


A comunidade surda é linguística e socialmente marginalizada quanto à educação, principalmente na área científica. Isso decorre de várias barreiras.

A maioria dos surdos não é oralizada, isto é, não faz leitura labial nem fala, e apresenta grande dificuldade com relação à língua portuguesa escrita.

Dessa forma, além de não escutarem, e encontrarem dificuldade no aprendizado formal nas escolas, não absorvem conhecimento informal obtido através da mídia.

Apesar da língua natural de comunicação entre os surdos ser a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), cerca de 90% deles são filhos de pais ouvintes (que não conhecem LIBRAS) e muitos chegam aos 6, 7 anos, sem nenhuma língua e sem organizar seu pensamento.

Com relação à área científica e tecnológica, a exclusão é ainda mais evidente, pois além de envolver muitos conceitos abstratos, a LIBRAS é muito pobre em sinais científicos.

Este evento pretende fazer é discutir e abordar este tema e suas dificuldades.

Local: Instituto de Física de São Carlos - Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas

Data: 16 de agosto de 2011

Horário: 19 horas

Palestrante: Vivian Mary Barral Dodd Rumjanek

sexta-feira, 29 de julho de 2011

X Congresso Internacional - XVI Seminário Nacional do INES

O X Congresso Internacional / XVI Seminário Nacional do INES é um Evento de caráter técnico-científico dirigido a pessoas surdas e ouvintes, e tem como público, principalmente, profissionais de nível superior, ligados ao campo da educação de surdos em trabalho de atendimento ou de pesquisa – pedagogos; professores; lingüistas; fonoaudiólogos; psicólogos e psicanalistas; assistentes sociais; sociólogos, entre outros.

Também constituem público natural do Evento os instrutores de LIBRAS e intérpretes de sinais; os gestores e técnicos da esfera educacional nos diferentes níveis de governo; os representantes de entidades de surdos e de instituições especializadas, bem como os estudantes de graduação e pós-graduação.

Objetivo:


O território físico do Instituto Nacional de Educação de Surdos circunscreve uma fronteira aparente.
Sendo uma das mais antigas instituições educacionais do Brasil, o INES segue seu percurso em múltiplas territorialidades.
O evento deste ano tem como proposta discutir os territórios da lingua, da educação, da saúde, do direito e da politica onde se tecem a trama da cidadania do escolar surdo brasileiro.

Datas do evento:

14,15 e 16 de setembro de 2011.

Othon Palace Hotel - Rio de Janeiro

Apresentação de trabalhos

Até 25 de agosto de 2011


Fonte: http://congresso.ines.gov.br/ines_congresso/home/?v=inicio

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Feneis


A revista FENEIS está disponível no link http://www.feneis.org.br/page/imagens/noticias/noticias_2011/Revista%20Feneis_44.pdf

Traz artigos interessantes, entrevistas e noticias da comunidade surda.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

APRENDA LIBRAS DE FORMA DIVERTIDA, INTERATIVA E CONTEXTUALIZADA.


Curso a distância, para o aprendizado da

Língua Brasileira de Sinais.


Vanguarda

É o primeiro curso a distância que ensina a Libras de forma contextualizada.

Os alunos são acompanhados por um tutor para tirar dúvidas, orientar e estimular o participante a construir o seu próprio saber, durante os 7 dias da semana

Metodologia

Todos os sinais são apresentados através de recursos de animação, que permitem uma visualização mais detalhada dos sinais, a sua repetição, pausa e ampliação, contemplando também a utilização de expressões faciais e corporais, fatores imprescindíveis no aprendizado da língua de sinais.

Interatividade

Utilizando as seções Aprenda Mais, Jogos e Brincadeiras, Dicionários, Testes de Verificação e Você Sabia? o aluno aprende com facilidade e retém o conhecimento adquirido.

Certificado

O aluno receberá o Certificado de Participação em Curso de Extensão de 120 horas, emitido pela Universidade Federal de Uberlândia e Megainfo, se obtiver média geral acima de 70% nos testes aplicados, e conseguir um tempo total de acesso ao curso não inferior a 70% do tempo médio da sua turma.

Conteúdo

1. Você tem uma identidade

2. Você tem uma história

3. A família e o trabalho

4. Minha casa - A sala e o banheiro

5. Minha casa -O quarto e as cores

6. Minha casa - A cozinha e os alimentos

7. A sala de aula do Dudu

8. A sala de aula da Marina

9. As férias da família

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INSCRIÇÕES: 22 de Julho a 12 de Agosto de 2011

INÍCIO AS AULAS: 16 de Agosto de 2011

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