terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Vitória histórica


80% da Conferência das Pessoas com Deficiência apoiam Escolas Bilíngues para Surdos e 70% reprovam política de inclusão conservadora da Secadi.

Veja AQUI a reportagem completa

domingo, 9 de dezembro de 2012

Pinacoteca lança videoguia sobre obras para surdos


Os contornos da escultura de bronze "Guanabara", de uma mulher deitada, ganharam novos sentidos para a professora Luana Nascimento Figueiredo, 27, em visita à Pinacoteca. "Agora entendi o que inspirou o artista Alfredo Ceschiatti [1918-89]. Reparei nas curvas que representam o corpo de uma índia. Me lembrei do Pão do Açúcar, de quando fui para o Rio."

Luana tem surdez profunda e não ouve nem com a ajuda de aparelhos. Assim, nunca pôde usar audioguias, comuns em museus. Na semana passada, porém, ela esteve na Pinacoteca e testou o videoguia que o local lança hoje (9/12/2012), em que uma intérprete explica obras em Libras (Língua Brasileira de Sinais).

No videoguia, há a descrição de 17 obras do acervo, como "O Mestiço", de Cândido Portinari, e "O Importuno", de Almeida Junior. O equipamento, chamado Orpheu e importado da França, pode ser retirado gratuitamente na recepção do museu.

"A primeira forma de comunicação dos surdos é em Libras e depois em português. Para oferecer acessibilidade, é preciso estimular os outros sentidos com o objetivo de compreender a arte", afirma Amanda Tojal, 57, coordenadora do Programa Educativo para Públicos Especiais do museu.

Além da Pinacoteca, outros endereços oferecem opções para deficientes físicos, auditivos e visuais, uma parcela da população que está crescendo. O número de pessoas com algum tipo de deficiência quase dobrou no país em uma década. Em 2000, eram 24,5 milhões, e em 2010, 45,6 milhões, segundo o IBGE. Na capital paulista, são 2,7 milhões, que somam cerca de 25% da população da capital.

"Com o aumento da expectativa de vida, o envelhecimento pode acarretar perda de visão, audição e locomoção. Nos centros urbanos, a violência também pode causar danos físicos", diz Cláudia Cotes, 44, da ONG Vez da Voz e uma das autoras do "Guia de Acessibilidade Cultural" (www.acessibilidadecultural.com.br ).

O Itaú Cultural estreou seu videoguia em Libras em setembro --iPads e iPods trazem vídeo em que surdos percorrem o espaço descrevendo obras.
"Para um surdo, ir ao museu pode ser muito chato porque vejo as obras, mas não entendo o significado. Às vezes, há um texto. Compreendo alguma coisa, mas minha primeira língua é Libras", disse Felipe Nicasttro Correia da Silva, 23, assistente-administrativo, ao visitar o local no mês passado.

Já no Museu de Microbiologia, do Instituto Butantan, o desafio foi tornar micro-organismos visíveis para cegos. O programa MicroToque, aberto em outubro, oferece modelos tridimensionais de vírus, bactérias e outros.

Se algumas instituições investem em recursos, boa parte nem deu o primeiro passo. "Embora tenha aumentado, mais da metade dos museus de São Paulo não oferece acessibilidade", afirma Viviane Sarraf, 34, diretora da Museus Acessíveis, que presta consultoria a equipamentos culturais.

A questão financeira, diz, é a maior barreira. Para gravar conteúdo no audioguia ou no videoguia, o custo varia de R$ 3.500 a R$ 12 mil. Mudanças estruturais num prédio são mais caras, ainda mais se o imóvel for tombado.
No Museu Paulista, conhecido como Museu do Ipiranga, não há acesso para cadeirantes por elevador ou rampa. O projeto de reforma arquitetônica é prometido ainda para este ano. "Como o edifício é tombado, é necessário um estudo para preservar sua estrutura, de 120 anos", explica Sheila Walbe Ornestein, diretora do museu. Depois, o projeto deverá ser aprovado nos órgãos de defesa do patrimônio: Conpresp (municipal), Condephaat (estadual) e Iphan (federal).

Eventos esportivos podem dar um empurrãozinho. "Um dos principais legados que os museus deverão constituir com eventos como a Copa é a completa adequação para o atendimento de todos os públicos. Vários recursos já são pensados nessa direção", diz o secretário estadual da Cultura, Marcelo Araujo. Com isso, a Casa das Rosas deverá ganhar uma rampa e o Museu Afro Brasil, audioguia e videoguia.


quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Prolibras


O Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES, em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, através da Comissão Permanente do Vestibular - COPERVE, declara que estarão abertas até o dia 05 de dezembro de 2012, as inscrições para a sexta edição do Exame Nacional para Certificação de Proficiência no uso e no ensino da Libras e para Certificação de Proficiência na tradução e interpretação da Libras/Português/Libras, conforme Decreto 5626/05 que regulamenta a Lei nº 10436 de 24 de abril de 2002 

As provas serão aplicadas, preferencialmente em instituições de ensino, nos seguintes municípios: Belém/PA, Belo Horizonte/MG, Boa Vista/RR, Brasília/DF, Campo Grande/MS, Cuiabá/MT, Curitiba/PR, Dourados/MS, Florianópolis/SC, Fortaleza/CE, Goiânia/GO, Itabuna/BA, João Pessoa/PB, Macapá/AP, Maceió/AL, Manaus/AM, Maringá/PR, Natal/RN, Palmas/TO, Porto Alegre/RS, Porto Velho/RO, Recife/PE, Rio Branco/AC, Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA, Santa Maria/RS, Santarém/PA, São Carlos/SP, São Cristovão/SE, São Luís/MA, São Paulo/SP, Teresina/PI, Uberlândia/MG, Vitória/ES e Volta Redonda/RJ

Maiores informações AQUI

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Teatro


Em Jundiaí um grupo de surdos leva para os palcos a Língua Brasileira de Sinais.

Veja AQUI

Alteridade


O significado da palavra alteridade possui o sentido de colocar-se no lugar do outro numa relação interpessoal junto com a consideração, valorização e dialogando com o outro.

A prática da alteridade leva ao ato da cidadania estabelecendo uma relação pacífica e construtiva com a diferença, conforme se identifique e aprenda a aprender com o contrário.

O choque sempre ocorre, a partir do momento em que duas ou mais culturas encontram-se, mas isso é necessário para que haja a troca de informações entre eles, numa relação interpessoal.


Quando falamos da cultura surda vemos a necessidade de despertar a sociedade para o descaso de grande parte das instituições públicas para com os Surdos. Não se pode pensar a alteridade de uma pessoa a partir de sua deficiência, isto seria aniquilar a própria essência do homem. Estamos falando de um ser humano, e não cabe ao outro julgá-lo por uma diferença sensitiva. 


O surdo, muitas vezes, é visto como inferior em relação àqueles que se dizem “normais”, ou seja, a alteridade é vista pelo prisma da falta ou da piedade, e não de um ponto de vista ético, do ponto de vista do humano.

O sinônimo da palavra “alteridade” é relação, interpessoal.

O antônimo da palavra "alteridade" é preconceito.


quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Libras

Inicialmente os ouvintes tendem a acreditar que a Língua de Sinais é uma adaptação da Língua Portuguesa, porém estudos comprovam que a Libras teve forte influência da Língua Francesa de Sinais.

No século XIX, com o advento da Família Real Portuguesa no Brasil fundou-se o primeiro Instituto dos Surdos-Mudos no Rio de Janeiro a pedido do então Imperador Dom Pedro II, não que ele estivesse interessado unicamente pela bondade e razão, mas porque sua filha Princesa Isabel concebera uma criança surda.

O primeiro surdo alfabetizado e professor que se tem história no Brasil foi Huet, ex-aluno do Instituto de Paris, a partir dele a Língua Francesa de Sinais chegou ao Brasil e começou a dar forma à Língua Brasileira de Sinais, assim a Libras não teve influência direta de uma língua com modalidade Oral-auditiva, mas sim espaço-visual, concluindo que cada língua tem origens baseadas em outras línguas de mesma modalidade.

A Língua de Sinais Brasileira mais conhecida como Libras, assim como nas línguas orais possui gramática bem como parâmetros que são:

Configuração de mãos: são formas das mãos que podem fazer parte da datilologia ou não, na maioria das vezes (pelos destros) utiliza-se a mão direita, quando canhoto, a mão esquerda e dependendo do sinal poderá utilizar as duas mãos;

Ponto de articulação: é o lugar onde a mão configurada é posicionada, podendo ser o espaço neutro, ou alguma parte do corpo;

Expressão facial e/ou corporal: as expressões faciais e corporais são de fundamental importância para o entendimento do sinal correspondente na língua oral a entonação de voz;

Orientação/direção: os sinais têm uma direção com relação aos parâmetros já mencionados. Os mesmos estão relacionados à palma da mão.

Movimento: o sinal pode ou não apresentar movimento.

Os cinco parâmetros podem ser apresentados também por siglas:

CM: configuração de mãos;

PA: ponto de articulação;

M: movimento;

EF/C: expressão facial e corporal;

O: orientação.

O alfabeto datilológico não constitui sinais, mas faz parte das configurações de mãos, assim é errôneo utilizar empréstimos linguísticos a todo o momento e afirmar que está utilizando Libras.

Percebemos então que a Libras não compartilha dos mesmos parâmetros da Língua Portuguesa, ambas são independentes e tiveram suas raízes linguísticas bem diferentes, o que acontece na maioria das vezes são comparações por parte dos ouvintes para melhor entendimento da Libras, daí a concepção que uma é a versão da outra em sinais ou oralidade.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A escola inclusiva



Um terço dos municípios brasileiros não tem sequer uma escola apta a receber pessoas com deficiência em sua rede própria de ensino. A constatação é pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) junto à administração dos 5.565 municípios brasileiros.

Apesar de alto, o percentual de 33,6% representa um avanço em relação a 2009, quando quase metade (47,2%) das redes municipais de educação não tinham escolas preparadas para receber essa parcela da população, seja por conta da estrutura física inadequada ou pela falta de recursos pedagógicos específicos e professores habilitados.

De acordo com o IBGE, a situação é mais grave na região Norte, onde em 2011 50,8% das prefeituras não tinham nem mesmo uma escola com essas características na rede municipal. O cenário era melhor na região Sul, onde apenas 28,5% dos municípios enfrentavam o mesmo problema.

A pesquisa também mostrou que a situação varia de acordo com o tamanho da população. No caso das cidades com mais de 500 mil habitantes, todas dizem ter pelo menos uma escola adaptada. Ao mesmo tempo, apenas 48,6% das cidades com até cinco mil habitantes estão nessa situação.

O acesso de pessoas com deficiência à educação é um direito garantido pela Constituição Federal de 1988.

domingo, 18 de novembro de 2012

Brincar e aprender



A empresa SignLanguageDoll , localizada nos EUA (Califórnia), lançou bonecos articulados com o objetivo de melhorar as habilidades de comunicação das crianças surdas, com o uso da língua de sinais .

De forma divertida, as crianças são apresentadas à língua de sinais e aos bonecos com aparelhos auditivos e implantes cocleares, facilitando assim a incorporação destes recursos ao universo das crianças surdas.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Caminhos da Inclusão



A UFRJ sediará entre os dias 26 e 28 de novembro de 2012 o Simpósio Caminhos da Inclusão.

Estão confirmados quatro convidados internacionais, entre eles, Brian Nolan, do Institute of Technology Blanchardstown, Dublin, Irlanda.

Programação.

Dia 26 de novembro (segunda-feira)

9h – Abertura – Rita de Cássia Gomes, diretora da Divisão de Inclusão, Acessibilidade e assuntos Comunitários (DINAAC/UFRJ), Mario Alberto Cardoso Neto diretor do IBqM- UFRJ, Robson Queiroz Monteiro coordenador de Pós-Graduação do IBqM, Mauro Pavão coordenador de Extensão do IBqM e Vivian M Rumjanek responsável pelo projeto “Inclusão do surdo através do conhecimento científico” no IBqM-UFRJ.

9h15 – 10h – Wilma Favorito – Faculdade Bilíngüe de Pedagogia, Instituto Nacional de Educação de Surdos, Rio de Janeiro, RJ. A formação de professores bilíngues (LIBRAS-Língua portuguesa) para atuar com alunos surdos: a experiência inovadora do INES.

10h15 – 11h – Brian Nolan – Institute of Technology Blanchardstown, Dublin, Irlanda. The Challenges and Problems of Delivering Deaf Studies Curricula at Third Level in Ireland: Our Achievements and Successes.

11:00 – 11:45h – Rachel O´Neill – University of Edinburgh, Edimburgo, Escócia. Exploring the factors which lead to academic success for deaf pupils.

11h45 – 12h30 – Audrey Cameron – University of Edinburgh e Gary Austin Quinn – Heriot-Watt University, Edimburgo, Escócia. Scientific and linguistic aspects of the development of a science glossary in British Sign Language.

14h30 – 15h – Deize Vieira dos Santos – Faculdade de Letras, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ. A formação do professor surdo na área de Letras, na UFRJ.

15h – 15h30 – Helena Carla Castro – Instituto de Biologia , Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ. A surdez e a Universidade: Desafios e Perspectivas na Universidade Federal Fluminense.

15h45 – 16h15 – Sandra Rodrigues Mascarenhas – Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, PB. Ciência para surdos: a compreensão do silêncio.

16h15 – 16h45 – Vivian M Rumjanek – Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ. Encontros e Desencontros – procurando conhecer o aluno surdo. 

Dia 27 de novembro (terça-feira)

8h30 – 9h – Karin Strobel- Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC. Como ter acesso e preparar material didático bilingue Libras/Portugues para os alunos em inclusão?

9h – 9h30 – Paulo André Bulhões, colaborador do IBqM, Belo Horizonte, MG. As realidades na ascensão social para os surdos acadêmicos.

9h30 – 10h30 – Audrey Cameron – University of Edinburgh e Gary Austin Quinn – Heriot-Watt University, Edimburgo, Escócia. Science is fun!

10h45 – 11h15 – - Roberta Gomes – Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), Rio de Janeiro, RJ. Papel do Assistente Educacional em Libras

11h15 – 12h – Mesa Redonda: Dificuldades enfrentadas pelo surdo na Universidade.

- Vanessa Pinheiro – Graduada em Arquitetura e Letras – O enfrentamento do Ensino Superior: Presencial e à Distância.

- Isabella Queiroz – Graduada em Biologia – Dificuldades e desafios no curso de biologia.

- Clarissa Guerretta – Graduada em Letras – A Universidade: Possibilidades e Desafios.

14h30 – 15h30 – Mesa Redonda: Inserção do Surdo com nível superior no mercado de trabalho. Experiência pessoal.

- Flávio Milani – representando a área de Design; 
- Heloise Gripp – representando a área de Letras; 
- Fabiola Saudan – representando a área de Biologia; 
- Valdo Ribeiro da Nóbrega – representando a área de Artes Cênicas

15h45 – 16h15 – Marianne Stumpf – - Coordenadora de Letras LIBRAS, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC. Trajetória de uma acadêmica surda.

16h15 – 16h45 -Mesa redonda: A experiência do LADICS e expectativas.

- Lorena Assis Emidio, Bruno Baptista dos Santos, Evely da Silva Cazé, Alexandre Soares Fernandes, Deleon Baptista Ferreira.

16h45 -17h – Discussão Plenária


Dia 28 de novembro (quarta-feira)

8h30 – 9h – Fernando Portes – Faculdade do Futuro, Manhuaçu, MG. A difusão de Libras em cidades do interior: Oportunizando aos surdos a uma aprendizagem acessível.

9h – 9h30 – Gildete Amorin – Presidente da Febrapils, Presidente da Apilrj, Rio de Janeiro. A Importância dos Cursos de Formação de Tils na área da Saúde

9h30 – 10h – Vanessa Martins – Unicamp, Campinas, SP. Os paradoxos da inclusão de surdos com intérprete de língua de sinais: a posição-mestre como recriação ativa no ensino.

10h15 – 11h – Mesa redonda: Um novo papel para o intérprete? – Alexandre Gonçalves – Tiago Batista – Felipe Giraud

11h – 11h30 – Depoimentos: O papel do intérprete na Faculdade de Letras da UFRJ - Dafny Saldanha Hespanhol – Luiz Cláudio da Silva Souza

11h30- 12h15 – Discussão Plenária

14h30 – 15h45 – Mesa Redonda: A importância de Glossários específicos - Julia Barral, Flavio Eduardo Pinto da Silva, Joana Saldanha.

16h – 16h15 – Daniel Enes -Apresentação do site Legendas Libras

16h15- 16h45- Discussão Plenária – Adaptando-se ao processo da inclusão do surdo

16h45 – Mauro Pavão e Vivian M Rumjanek – Encerramento do Simpósio.


terça-feira, 13 de novembro de 2012

Comunicação entre surdos e ouvintes



A melhor forma de mantermos a comunicação com surdos é por meio da Libras (Língua Brasileira de Sinais). Porém, como nem sempre isso é possível, existem outras formas eficientes de se comunicar com os deficientes auditivos. É muito importante estabelecer esta comunicação e algumas recomendações são necessárias para melhorar o diálogo com os surdos. Confira: 

Fale de frente

A expressão "o corpo fala" faz ainda mais sentido com os surdos. A percepção visual dos surdos é mais aguçada e eles conseguem captar a mensagem, seja pela leitura labial ou mesmo pela expressão facial.

Faça frases curtas

A Língua dos Surdos é bem menos complexa que a Língua Portuguesa. Portanto, quanto mais objetiva a mensagem, mas fácil fica o entendimento dos surdos.

Seja expressivo

Uma pessoa com deficiência auditiva consegue compreender as emoções transmitidas nas mensagens, por meio de nossas expressões faciais e corporais. É essencial fazer gestos, mímicas, acenar e até tocar na pessoa para chamar sua atenção. Fale devagar e gesticule bem a boca na hora de falar.

Não altere o tom de voz
Um dos maiores erros é gritar com surdos. Além de o esforço ser em vão, já que ele não vai ouvir, o surdo pode entender que a pessoa está brava e quem grita transmite à pessoa surda uma sensação de agressividade, o que gera ansiedade e nervosismo.

Tente a comunicação escrita

Quando a mensagem fica muito complicada para ser transmitida, usar da comunicação escrita pode ser uma boa solução. Os especialistas recomendam fazer desenhos ou até escrever para facilitar a comunicação. O estímulo visual é de fácil entendimento e os surdos entendem placas, símbolos e desenhos.

Demonstre interesse e tenha paciência

Os surdos se sentem valorizados quando outras pessoas se aproximam na tentativa de estabelecer comunicação. Por isso, tenha calma e insista na comunicação.

Se for você quem não entende...

Se você não entende o que a pessoa surda está tentando dizer, o melhor caminho é não fingir. Demonstre que não entendeu e peça para que o surdo explique novamente.


segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Palestra



No dia 21 de novembro, às 15h, o Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos promoverá uma palestra gratuita sobre perda auditiva. Com o objetivo de orientar a população sobre os problemas auditivos, o evento é aberto ao público e também poderá ser acompanhado pelo Facebook ou pelo chat do hospital.

A otorrinolaringologista Iulo Barúna esclarecerá dúvidas sobre o aumento dos casos de surdez, além de falar sobre as causas mais comuns, sintomas e formas de tratamento.

Interessados devem se inscrever pelo telefone (11) 5080-4127 ou 5080-4351.

O Complexo Hospitalar fica na rua Borges Lagoa, 1.450, Vila Clementino, próximo ao Parque do Ibirapuera.

domingo, 11 de novembro de 2012

Deficiência auditiva


Em 10 anos, a quantidade de pessoas que apresentam algum problema auditivo aumentou em 50,44% na Paraíba. O total saltou de 152.977 em 2000 para 230.140 em 2010, segundo dados do Censo Demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números confirmam uma preocupação antiga dos especialistas. Eles advertem que a poluição sonora está causando sérios danos auditivos à população.

De acordo com o IBGE, dos 230.140 habitantes da Paraíba que possuem algum problema para ouvir, 181.762 enfrentam uma pequena dificuldade para escutar; outros 41.908 têm muita dificuldade para entender os sons e outros 6.470 são completamente surdos. As mulheres são as mais atingidas. Elas somam 115.961 do total de moradores que sofrem alguma dificuldade para escutar. Já os homens representam 114.179 indivíduos.

Apesar das faixas etárias mais atingidas serem as que ultrapassaram os 30 anos, a incidência é grande entre crianças e adolescentes. Dos 6.470 habitantes que são totalmente surdos, há 1.044 com idades abaixo de 14 anos. Entre aqueles que enfrentam grande dificuldade para ouvir, há 1.954 nessa faixa etária. Já entre os que têm alguma dificuldade para ouvir, os menores de 14 anos correspondem a 11.952 pessoas.

Para o presidente da Sociedade Paraibana de Otorrinalaringologia, Erich Cristiano Madruga de Melo, a incidência de problemas auditivos entre crianças e adolescentes é alta porque essa faixa etária da população está mais exposta ao excesso de ruídos. Ele conta que a situação está se agravando com a chegada de aparelhos eletroeletrônicos, que emitem sons.

“É muito comum entre os jovens o uso de aparelhos de música, que é ouvida com ajuda de fones de ouvido e em volume alto.

Muitos desses equipamentos não indicam a intensidade do som e o usuário acaba se expondo por muito tempo a um excesso de ruído prejudicial à saúde”, disse o especialista.

O médico acrescenta que o excesso de barulho provoca a morte de células consideradas vitais para a audição. Ele explica que não há meio de reverter esse quadro. “Quando a célula morre, o dano já foi causado e não há como recuperar mais isso. O que se pode fazer é reduzir a exposição ao ruído. Só assim é possível interromper o processo prejudicial e impedir que novas células morram”, detalha.

Os danos aparecem com o passar do tempo e se agravam ainda mais quando a pessoa chega à velhice. Não existe medicação e há apenas uma cirurgia que pode reverter o quadro de surdez, mesmo assim, o procedimento só é indicado em casos extremos. “Em casos de problemas de surdez de pequena ou média gravidade, a pessoa precisa usar aparelhos auditivos pelo resto da vida. Assim como ocorre com os óculos”, acrescentou o médico.

Os zumbidos no ouvido são os primeiros sinais de que algo está errado com a audição. Segundo a fonoaudióloga e professora da Universidade Federal da Paraíba Marine da Rosa, a perda da audição é progressiva e os zumbidos já indicam que o ouvido foi danificado. “Antes, a nossa preocupação era apenas com os trabalhadores de ambientes ruidosos, agora, nossa atenção é com as pessoas que se expõem a sons muito altos, durante as atividades de lazer, como aqueles frequentadores de casas de shows”, observa.

“A nossa recomendação é que as pessoas se conscientizem e adotem cuidados para evitar os danos do excesso do ruído. Não ficar muito tempo em ambientes barulhentos e usar protetores auriculares que filtram suavemente o barulho são algumas medidas que podem prevenir esses problemas”, acrescenta.

sábado, 10 de novembro de 2012

Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez


No dia 10 de novembro comemora-se o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez. E, mais uma vez, a Campanha Nacional da Saúde Auditiva pretende levar informação e educação sobre saúde auditiva para a população. 

A perda auditiva é uma das deficiências mais comuns na população brasileira. 

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Otologia, de cada mil crianças nascidas no país, três a cinco já nascem com deficiência auditiva. Segundo a Organização Mundial da Saúde, mais de 15 milhões de brasileiros têm problemas auditivos.

Para conhecer a programação acesse http://www.saudeauditiva.org.br

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Ciclo de palestras


A partir de sábado, 10/11/2012, o Campus Palhoça do Instituto Federal de Santa Catarina inicia um ciclo de palestras abertas à comunidade. Os objetivos das apresentações são aproximar o campus dos profissionais da área e da comunidade e socializar as experiências na área de educação bilíngue Libras / Português. As palestras serão realizadas no auditório do campus e a entrada é gratuita.

Para maiores informações, ligue para (48) 3341.6615

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Profissão: tradutor e intérprete de Libras




Em princípio de setembro de 2010, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 12.319, que regulamenta a profissão de tradutor e intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras). 

Por ela, o tradutor e intérprete de Libras tem de fazer a comunicação da língua oral para libras e vice-versa entre surdos e ouvintes, surdos e surdos, surdos e surdos-cegos, surdos-cegos e ouvintes. 

Também poderá interpretar a língua portuguesa em atividades didático-pedagógicas e culturais em instituições de ensino, para viabilizar o acesso aos conteúdos curriculares. Poderá atuar também no apoio à acessibilidade aos serviços e às atividades-fim das instituições de ensino e repartições públicas, além de prestar serviços em depoimentos em juízo, em órgãos administrativos ou policiais.

Uma das grandes dificuldades encontradas por estes profissionais diz respeito à falta de sinais na Libras que possam expressar conceitos necessários para a construção do conhecimento.

Para conhecer e debater este tema nós recomendamos o livro Entre a visibilidade da tradução da Língua de Sinais e a invisibilidade da tarefa do intérprete – de Andréa da Silva Rosa, disponível para download AQUI

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Angola



Em Angola a comunidade surda utiliza a linguagem gestual como um instrumento de comunicação.

Para buscar o seu reconhecimento como língua, o Instituto Nacional para Educação Especial criou o projeto de uniformização da língua gestual.

Já existe o primeiro dicionário da língua gestual angolana e o segundo está em fase de elaboração.

A língua gestual de Angola tem influência de línguas gestuais do Congo, Rússia, Portugal e Brasil.

Angola tem 17 escolas de ensino especial e 630 escolas do ensino geral com salas inclusivas e ainda há um projeto de redimensionamento das escolas de ensino especial para centros de recursos de apoio à inclusão escolar às restantes escolas do ensino geral.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

O ensino da língua inglesa para surdos


Aprender uma língua é simplesmente fascinante, não somente pelo fato de falar palavras e frases em outro idioma, mas também pelo contato com culturas que permeiam as línguas estudadas. Sempre ouvimos falar da importância de se aprender uma nova língua e dos benefícios pessoais e profissionais que ela pode trazer. 

Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Estrangeira dizem ser “indispensável que o ensino da Língua Estrangeira seja entendido e concretizado como o ensino que oferece instrumentos indispensáveis de trabalho” e que permite “um acesso mais igualitário ao mundo acadêmico, ao mundo dos negócios e ao mundo da tecnologia”. Tudo isso pode parecer interessante para nossos alunos que jogam videogames, assistem a filmes, acessam a Internet, planejam uma viagem, enfim, realizam atividades como qualquer outro indivíduo. Com o início da inclusão, passamos a receber, em salas de aula convencionais, alguns alunos que não têm nessas atividades um hobby ou que não compreendem essas diferenças culturais e linguísticas. Entre os alunos inclusivos, vamos destacar um: o surdo.

Surdo é aquele que sofreu uma perda dos sentidos da audição, desde leve até profunda. Como há dificuldade de ouvir os sons, essa deficiência também afeta a fala, dependendo do grau da surdez. A maioria dos que pertencem a essa comunidade comunica-se utilizando a Libras (Língua Brasileira de Sinais), que tem sua própria gramática, sintaxe, morfologia e fonética. Alguns simplesmente se comunicam com sinais domésticos, que a própria família e amigos criam para formalizar uma conversa.

Será que é possível levar um aluno surdo a se interessar pela aprendizagem da língua inglesa? O que fazer para atrair os alunos surdos? Esses são questionamentos frequentes dos professores, que podem levar à insegurança e ao medo. 

O professor precisa mudar seu método de ensino. O aluno surdo se expressa e aprende as coisas de forma diferente quando comparado aos alunos ouvintes. Nós nos acostumamos a incentivar nossos alunos a buscar a pronúncia perfeita, repetindo as palavras que ensinamos, focando em conversações. Tudo isso não faz sentido para surdos, porque eles não conhecem os sons das letras, dos fonemas e sílabas. Antes, o educador deve pensar que, em compensação à falta da audição, os alunos surdos são muito visuais. Por isso, a utilização de figuras facilita muito sua aprendizagem. O aluno vai associar a imagem da palavra escrita à imagem do objeto/palavra em questão. Esse método ajudará até mesmo o professor que não tem conhecimento sobre a língua de sinais.

Outro fator importante é a contextualização das palavras. O aluno surdo não precisa aprender somente palavras soltas. Muitos professores o fazem achando que não poderão extrair um sentido daquilo que leem. É exatamente o contrário. Alunos deficientes auditivos interessam-se muito em aprender outra língua. O professor deve aproveitar essa característica e preparar sua aula pensando, também, nesses alunos, para que eles não desanimem ou se decepcionem. Softwares educacionais são uma boa pedida. Esses alunos se sentem muito bem ao manipular um ambiente visual, no qual eles possam interagir.

No caso de alunos maiores, o professor deve tomar cuidado ao questionar sua forma de escrita. Em Libras, a ordem das palavras na frase é diferente no português e também na língua inglesa, podendo haver dificuldades em compreender a ordem dos adjetivos em relação aos substantivos. Muitos educadores acabam confundindo a deficiência auditiva com a mental. As duas não têm proximidade alguma. Por conta desse equívoco, acabam deixando de lado a prática da leitura, tanto na primeira língua quanto numa segunda. Há muitos surdos que dominam essa capacidade de leitura e escrita tão bem quanto ouvintes, bem como aqueles que já conseguiram sua graduação ou pós-graduação.

Poderíamos parar e refletir: Quem será o incluído? O aluno ou o professor? Na verdade, os dois. O aluno, por poder fazer parte de um ambiente com pessoas diferentes e podendo se sentir pertencente a ele, o que é um fato. O professor, por sua vez, por saber unir-se a dois universos ao mesmo tempo, o do ouvinte e do surdo. 

Educadores precisam estar preparados para estar nesses universos simultaneamente, com atividades que atendam às necessidades de todos os seus alunos. A Língua de Sinais não é o único caminho para esse universo diferente, mas os caminhos são novos a cada dia, seja com imagens, artigos tecnológicos, brincadeiras, leituras, criando várias rotas diferentes para um mesmo objetivo: a satisfação do aluno.


David Marcelo Pereira Berto
Coordenador do Programa Línguas Estrangeiras da empresa Planeta Educação

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A fita azul

Tornou-se parte da cultura surda usar uma fita azul. 

A fita azul representa um motivo: ela engloba uma história, uma cultura, uma língua, um povo. A fita azul representa a opressão enfrentada pelas pessoas surdas ao longo da história. 

Ela representa as suas silenciosas vozes em um mar de línguas faladas. 

A fita azul foi introduzida em Brisbane, na Austrália, em julho de 1999, no Congresso Mundial da Federação Mundial de Surdos. Durante o evento foi feita a sensibilização da luta dos Surdos e suas famílias ouvintes, através dos tempos. A cor azul foi escolhida para representar "O Orgulho Surdo", para homenagear todos os que morreram depois de serem classificados como "surdo" durante o reinado da Alemanha nazista. 

Aqueles que usam a fita azul têm orgulho em mostrar um pouco de sua própria cultura: a cultura surda porque surdez não é uma deficiência, mas uma cultura. 

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Matrículas abertas



O curso LIBRASNET destina-se ao ensino da LIBRAS na sua gramática própria, de forma contextualizada, com o uso de frases e imagens. Dentro de um conceito inovador, todo o conteúdo foi desenvolvido com o objetivo de favorecer o aprendizado através de uma comunicação eficaz e espontânea e não apenas com o ensino de palavras isoladas.

A metodologia do curso se baseia no formato de um livro didático, iniciando a apresentação do conteúdo pela comunicação básica, como a própria identidade das pessoas, suas características físicas, seu nome, sua história e sua família, entre muitas outras situações presentes do nosso cotidiano.

Todos os sinais são apresentados através de recursos de animação (desenhos 2D), que permitem uma visualização mais detalhada dos sinais, bem como a sua repetição, pausa e ampliação, contemplando também a utilização de expressões faciais e corporais, fatores imprescindíveis no aprendizado da língua de sinais.

O LIBRASNET, além das ferramentas de comunicação do LMS toLearn, disponibilizará os seguintes recursos:

APRENDA MAIS – uma lista de sinais, relacionados ao tema da lição e que não foram apresentados no texto da mesma.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO: são oportunidades de avaliação que permitem ao tutor verificar o aprendizado dos temas trabalhados na lição.

APRENDA BRINCANDO: são atividades lúdicas, como jogos e atividades interativas que utilizam os sinais, palavras e imagens para o aluno fixar de maneira divertida os sinais aprendidos.

VOCÊ SABIA: neste tópico o aluno tem a oportunidade de conhecer mais sobre a estrutura da LIBRAS e outros temas importantes relacionados à surdez.

DICIONÁRIO DA LIÇÃO: este tópico apresenta todos os sinais animados da lição, os seus significados e as configurações de mãos.

Inscrições até 06/11/2012
www.megainfo.inf.br

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Curso Letras / Libras


No Curso de Letras/Libras o aluno estuda a língua, a literatura e a cultura da comunidade surda do Brasil e de outros países. Sua formação é direcionada já no ato de inscrição, momento em que o aluno deve optar por Licenciatura, caso queira atuar no ensino, ou pelo Bacharelado, caso queira atuar como tradutor/intérprete. 

Na Licenciatura, o aluno deve realizar um estágio obrigatório de prática de ensino, em escolas de rede pública e privada. 

No Bacharelado, o aluno deve realizar estágios na prática de tradução / interpretação em diversos contextos, com ênfase particular no contexto educacional. 

O profissional formado em Licenciatura em Letras/Libras poderá lecionar como professor de Libras como primeira língua para surdos nos ensinos fundamental e médio, ou como professor de Libras como segunda língua para ouvintes desde o nível fundamental até o nível superior de ensino (em particular, nos cursos de licenciatura de todo o país, que agora passarão a oferecer aulas de Libras, tal como previsto no Decreto nº 5626). 

Além disso, o professor de Libras poderá também atuar em instituições especializadas no ensino da Libras, como por exemplo federações e associações de surdos. 

Já o profissional formado em Bacharelado em Letras Libras poderá atuar como intérprete em salas de aula, em reuniões e conferências, na tradução de textos técnicos e literários e na revisão e preparação de textos. 

As inscrições estão disponíveis até o dia 06 de novembro de 2012 e as provas acontecem nos dias 15, 16 e 17 de dezembro de 2012. 

Maiores informações AQUI

domingo, 28 de outubro de 2012

Você sabia?



Ouvir mal é um sinal da de­fi­ci­ência au­di­tiva. Este pro­blema pode ser iden­ti­fi­cado quando há di­mi­nuição da ca­pa­ci­dade de per­cepção normal dos sons. Quem não ouve de ma­neira fun­ci­onal os ruídos do dia a dia pode ser con­si­de­rado surdo, e quem es­cuta com al­guma di­fi­cul­dade, par­ci­al­mente.

De acordo com a So­ci­e­dade Bra­si­leira de Of­tal­mo­logia (SBO), o grau de surdez é me­dido em de­ci­béis (dB) e pode ser de pelo menos quatro tipos: leve, médio, se­vero e pro­fundo. Cada uma das clas­si­fi­ca­ções re­pre­senta o nú­mero de dB ne­ces­sá­rios para que a pessoa con­siga ouvir. Leve, de 20 dB a 40 dB, médio, de 40 dB a 70 dB, e se­vero, de 70 dB a 90 dB. Já o grau pro­fundo é a partir de 90 dB, e é di­vi­dido em ou­tros três tipos. O pri­meiro é 90 dB, o se­gundo, entre 90 dB e 100 dB, e o ter­ceiro, acima de 100 dB.

Uma em cada mil cri­anças nascem com a surdez pro­funda. De acordo com censo re­a­li­zado pelo Ins­ti­tuto Bra­si­leiro de Ge­o­grafia e Es­ta­tís­tica (IBGE), 2,6 mi­lhões de bra­si­leiros apre­sentam algum grau de surdez, e ou­tros 7,2, grande di­fi­cul­dade para ouvir. O nú­mero re­pre­senta 5,2% da po­pu­lação do País.

Mas o nú­mero de in­di­ví­duos que pos­suem al­guma de­fi­ci­ência au­di­tiva mais leve é ainda maior. Num total de 190 mi­lhões de pes­soas, 14,8% da po­pu­lação se en­quadra nesta margem de pro­blemas li­gados à au­dição. Este valor re­pre­senta 28 mi­lhões de bra­si­leiros.

O IBGE es­tima que o nú­mero con­tinue a crescer, pois, além do cres­ci­mento po­pu­la­ci­onal, a quan­ti­dade de in­di­ví­duos idosos também tende a au­mentar, con­forme pes­quisa re­a­li­zada em 2010. Outro ponto de­ter­mi­nante é que, apesar do exame obri­ga­tório da ore­lhinha, que serve para iden­ti­ficar de­fi­ci­ên­cias au­di­tivas em cri­anças com até seis meses, muitas vezes ele não é feito. Neste pe­ríodo, há casos re­ver­sí­veis, e o exame tardio acaba não con­tri­buindo para a so­lução desta re­a­li­dade.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

ENEM

A Rede Minas lança um novo programa com o objetivo de complementar a preparação dos estudantes para o Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM.

O Plantão Enem Libras vai ser exibido de segunda a sábado até o dia 02 de novembro, no horário das 6h30 às 7h30.

Os programas, traduzidos para Libras, poderão ser acessados no site do Plantão Enem (plantaoenem.com.br), YouTube (youtube.com/plantaoenem) e Facebook (facebook.com/plantaoenem).

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Decreto 5.626


De acordo com o artigo 23 do Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005, as instituições de educação superior “devem proporcionar aos alunos surdos os serviços de tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa em sala de aula e em outros espaços educacionais, bem como equipamentos e tecnologias que viabilizem o acesso à comunicação, à informação e à educação”.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Novas turmas


Acesse www.megainfo.inf.br para maiores informações.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

O cachorro manco




Diante de uma vitrine atrativa, um menino pergunta o preço dos cachorros à venda. 

- Entre 30 à 50 dólares – respondeu o dono da loja.

O menino puxou uns trocados do bolso e disse:

- Eu só tenho 2,37 dólares, mas eu posso ver os filhotes?

O dono da loja sorriu e chamou “Lady”, que veio correndo, seguida de cinco bolinhas de pelo.

Um dos cachorrinhos vinha mais atrás, mancava de forma visível. Imediatamente, o menino apontou para aquele cachorrinho e perguntou:

- O que é que há com ele?

O dono da loja explicou que o veterinário tinha examinado e descoberto que ele tinha um problema na junta do quadril, sempre mancaria e andaria devagar. O menino se animou e disse:

- Esse é o cachorrinho que eu quero comprar! O dono da loja respondeu:

- Você não vai gostar dele, mas se você realmente quiser ficar com ele, eu lhe dou de presente. O menino ficou transtornado e, olhando bem na cara do dono da loja, com o seu dedo apontado, disse:

- Eu não quero que você o dê para mim, aquele cachorrinho vale tanto quanto qualquer um dos outros e eu vou pagar tudo. Na verdade eu lhe dou 2,37 dólares agora e 50 cents por mês, até completar o preço total. O dono da loja contestou:

- Você realmente não vai gostar deste cachorrinho. Ele nunca vai poder correr, pular e brincar com você e com os outros cachorrinhos. Aí, o menino abaixou e puxou a perna esquerda da calça para cima, mostrando a sua perna com um aparelho para andar. Olhou bem para o dono da loja e respondeu:

- Bom eu também não corro muito bem e o cachorrinho vai precisar de alguém que entenda isso.

Muitas vezes desprezamos as pessoas com as quais convivemos diariamente, simplesmente por causa dos seus “defeitos” quando, na verdade, somos todos iguais ou pior que elas, e sabemos que essas pessoas precisam apenas de alguém que as compreendam e as amem, não pelo que elas podem fazer, mas pelo que são.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Seus direitos

O Passe Livre é um benefício criado pelo Governo Federal e permite que as pessoas com deficiência possam viajar para todo o país, de forma gratuita, dentro das condições estabelecidas pelo programa.
Tem direito ao Passe Livre os portadores de deficiência física, mental, auditiva ou visual comprovadamente carentes. 

São considerados carentes aquele com renda familiar mensal per capita de até um salário mínimo.


O Passe Livre do Governo Federal vale para o transporte coletivo interestadual convencional por ônibus, trem ou barco, incluindo o transporte interestadual semi-urbano. O Passe Livre do Governo Federal não vale para o transporte urbano ou intermunicipal dentro do mesmo estado, nem para viagens em ônibus executivo e leito. 

Para conseguir autorização de viagem nas empresas basta apresentar a carteira do Passe Livre do Governo Federal junto com a carteira de identidade nos pontos-de-venda de passagens, até três horas antes do início da viagem. As empresas são obrigadas a reservar, a cada viagem, dois assentos para atender às pessoas portadoras do Passe Livre do Governo Federal.

Saiba mais sobre o Passe Livre AQUI

 

domingo, 14 de outubro de 2012

Matriculas abertas


Acesse www.megainfo.inf.br

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Projeto inclui intérprete como beneficiário da Lei de Direito Autoral



A Câmara analisa projeto que inclui os intérpretes, como atores, dubladores, bailarinos e dançarinos do setor audiovisual, entre os beneficiários da Lei de Direito Autoral (LDA- 9.610/98) para que recebam remuneração pelas execuções de obras audiovisuais. Figurantes sem diálogo ou papel determinado não são enquadrados como intérpretes, de acordo com o texto. “A inclusão e o reconhecimento de direitos aos titulares do setor audiovisual trarão benefícios aos intérpretes consertando uma injustiça histórica”, disse o deputado Rogério Carvalho (PT-SE), autor da proposta (PL 4072/12).

O projeto também cria a figura da exibição pública de obras audiovisuais para definir a utilização de obra por qualquer meio de transmissão ou retransmissão de imagens com ou sem som, radiodifusão direta ou indireta, distribuição por cabo, ondas ou outros meios. Atualmente, a lei define a representação e a execução públicas.

O intérprete deverá ser remunerado pelas exibições em rádio, cinema, TV e pela internet de obras de que ele participe. O pagamento poderá ser feito diretamente para o profissional ou por associações. A proposta não inclui exibições gratuitas em cineclubes, para portadores de deficiências visual ou auditiva, e para fins didáticos em estabelecimentos de ensino.

De acordo com o parlamentar, vários países da Europa e da América Latina alteraram a legislação para garantir a remuneração dos intérpretes.

As associações de intérpretes, segundo o projeto, deverão gerenciar a arrecadação e a distribuição dos valores referentes às exibições das obras audiovisuais. Essa gestão será feita por um escritório de arrecadação independente do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), responsável pela arrecadação dos direitos de músicas para os autores.

Pelo menos 10% da arrecadação deverão ser destinados a atividades assistenciais para intérpretes em dificuldade financeira; promoção e formação de intérpretes; e ações promocionais gerais sobre cultura e audiovisual.


Eu vi aqui

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Curso Librasnet - novas turmas


Sejam bem vindos, alunos do Curso Librasnet. Iniciamos agora uma grande jornada onde todos vão aprender Libras e que

“O Surdo não é mudo, não é deficiente e também não é uma cópia mal feita do ouvinte. Ele é surdo, humano, autor e ator de inúmeros personagens...”

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Dia de comemorar


Foi fácil ou difícil? Claro ou escuro? Pequena trilhas ou uma larga estrada? Não importa. Vocês deram os passos necessários para chegar a este dia e comemorar a vitória. Parabéns aos formandos do Curso Letras Libras. Um abraço carinhoso aos que contribuíram para o crescimento do Curso Librasnet.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Para refletir


Recuso-me a ser considerada excepcional, deficiente. Não sou. Sou surda. Para mim, a língua de sinais corresponde à minha voz, meus olhos são meus ouvidos. Sinceramente nada me falta. É a sociedade que me torna excepcional...

A gaivota cresceu e voa com suas próprias asas. Olho do mesmo modo com que poderia escutar. Meus olhos são meus ouvidos. Escrevo do mesmo modo que me exprimo por sinais. Minhas mãos são bilíngues. Ofereço-lhes minha diferença. Meu coração não é surdo a nada neste duplo mundo...

Sabia que gritava, mas os gritos nada significavam para minha mãe ou meu pai. Eram, diziam eles, gritos agudos de pássaro do mar, como uma gaivota planando sobre o oceano. Então, apelidaram-me de gaivota." "Mamãe dizia 'ontem'... e eu não entendia onde estava ontem, o que era ontem. Amanhã também. E não podia perguntar-lhe. Sentia-me impotente. Não tinha consciência do tempo que passava. Havia luz do dia, a escuridão da noite, mais nada. Tenho minha imaginação, e ela tem seus barulhos em imagens. Imagino sons em cores. Meu silêncio tem, para mim, cores. Nunca é preto ou branco.

(Trechos do livro "O Vôo da Gaivota" Emmanuelle Laborrit - Atriz surda)

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

O que vem por aí


Diálogo Sobre a Surdez e Mestres de Saberes de Arraial do Cabo
Uma tarde de aprendizagem significativa em Arraial

Data: 27/09/2012 (Quinta-feira)

Local: Auditório do Campus Avançado Arraial do Cabo - IFRJ

PROGRAMAÇÃO
14:00 Abertura
João Gilberto - Professor e Coordenador de Extensão do Campus Avançado Arraial do Cabo

14:10 Conversando sobre a surdez
Adriana da Silva Souza - Professora, Psicóloga e Coordenadora de Ensino do Campus Avançado Arraial do Cabo

14:30 Exibição de vídeos sobre surdez seguida de debate
Debatedor: Carlos L' Astorina - Professor de LIBRAS da Escola Municipal Arlete Rosa Castanho (Cabo Frio)
Provocadora: Maria Aparecida G. Ferreira – Professora e Coordenadora do NAPNE do Campus Avançado Arraial do Cabo
Intérprete em LIBRAS: José Jaci Costa Júnior – Alma Desenvolvimento Humano

16:00 Mestres de Saberes de Arraial do Cabo
Secretaria de Cultura de Arraial do Cabo

18: 00 Premiação dos estudantes: Redação da Semana Acadêmica

Encerramento

Realização: Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas (NAPNE), Coordenação de Extensão e Coordenação de Ensino do Campus Avançado Arraial do Cabo

Informações: (22) 2622- 2496 e 2622-3042

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Seminário


"No 10 anos -- Lei LIBRAS: democratizando as informações
de identidade, lingüística e cultural "

Data: 25 de setembro de 2012
Local: Unidade Tijuca, FIRJAN -- Rua Mariz e Barros, 678 -- Tijuca
Público-alvo: Surdos, familiares de parentes Surdos, profissionais das áreas, sociedades civis e afins

Programação:
9h a 10h, Inscrições e Credenciamento

10h a 11h, Abertura:
Represtante de FIRJAN
Diretora Presidenta da FENEIS, Ana Regina e Souza Campello
Coordenador de Evento, Ulrich Palhares

Hino Nacional

Palestras:
11h10m a 12h
O Processo de Comunidade Surda no Sócio -- Educacional, Dra Ana Regina e Souza Campello

12h10m a 13h
Mídia e Tecnologia na Abordagem Visual, Prof. Renato Nunes

13h a 14h30 -- Almoço

14:40h a 15h40m
A Assistência Social um sistema seguridade Social para Surdos, Maria Auxiliadora

15h30m a 17h
Apresentações das Instituições dos Surdos:
• Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos - FENEIS
• Instituto Nacional de Educação de Surdos - INES
• Associação dos Surdos do Rio de Janeiro - ASURJ
• Associação Alvorada Congregadora dos Surdos - ALVORADA
• Centro de Integração de Arte e Cultura dos Surdos - CIACS
• Centro de Estudo da Língua de Sinais Brasileira - CELSB
• LSBVIDEO
• PALAVRAS VISIVEIS
• Associação de Pais e Amigos dos Deficientes da Audição - APADA
• Instituto Nossa Senhora de Lourdes - INOSEL

Debate, 17h às 17h30m

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

1ª. Mostra de Cinema – Surdez em Cena


Entre os dias 18 de setembro e 11 de outubro, sempre às terças e quintas-feiras, às 19h, o Cinecentro irá exibir a 1ª. Mostra de Cinema – Surdez em Cena. Na tela, situações típicas do universo de pessoas com deficiência auditiva ao longo de algumas décadas. A entrada é gratuita. Com curadoria da equipe do projeto da UFMG - Diálogos de Inclusão, a programação conta com oito filmes de diretores americanos e europeus.

A Mostra abre com o filme “E Seu Nome é Jonas” de Richard Michaels, realizado em 1979, com duração de 100 min, e encerra com “O Milagre de Anne Sullivan” de Arthur Penn, datado de 1962, com 106 min.

O Cinecentro é um projeto permanente do Centro Cultural UFMG e oferece ao público em geral acesso a filmes atrelados a um tema que estabeleça nexo, informação, reflexão e entretenimento qualificado.

Informações aqui

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Inscrições para o Curso de Libras


Estão abertas as inscrições para o Curso Librasnet.

Data início das aulas: 04 de outubro de 2012

Como se inscrever: acesse o site www.megainfo.inf.br

Valores: veja tabela completa AQUI

sábado, 1 de setembro de 2012

Preconceito e discriminação


O medo da diferença está presente em ambos, ao ouvinte e ao surdo e, é a este medo, que temos que vencer.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Bilinguismo


O bilingüismo para surdos atravessa a fronteira linguística e inclui o desenvolvimento da pessoa surda dentro da escola e fora dela numa perspectiva cultural. A educação de surdos deve ser pensada em termos educacionais e não mais em termos de línguas, é preciso traçar a educação de surdos a partir de uma pedagogia surda. (Skliar, 2005 apud Quadros).

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Língua Brasileira de Sinais


A língua é um meio e não pode ser tratada como fim na educação. No caso da educação de surdos, a língua de sinais é o meio de acessar as informações dos conteúdos da educação e da vida e a língua portuguesa é um meio de acessar a leitura e a escrita do que é escrito nessa língua. A língua de sinais pode ser usada para compreender aspectos da língua portuguesa, assim como é usada para compreender quaisquer outros conteúdos.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O surdo



A surdez deve ser reconhecida como apenas mais um aspecto das infinitas possibilidades da diversidade humana, pois ser Surdo não é melhor ou pior do que ser ouvinte é apenas diferente. Eu nasci Surdo e, como só se perde aquilo que se tem, nunca perdi a audição, pois nunca a tive. Eu tenho direito de viver assim e o mundo tem o dever de aceitar minha diferença” (PIMENTA, 2001, p. 24).

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Depoimentos

Muito boa a forma com que o curso foi estruturado. Fiz as atividades acompanhado de meu filho de 10 anos, e aprendemos bastante conteúdo juntos. Até a próxima. Abraços!
Eunir Augusto Reis Gonzaga
Uberlândia :: MG


Parabéns pelo curso, a didática apresentada é fascinante envolvendo o aluno com um mundo até então desconhecido, amei o curso e tenho certeza que cresci como pessoa e profissionalmente. Parabéns!!
Adriano Soares Andrade
Uberlândia :: MG


Quero agradecer a MEGAINFO e toda sua equipe inclusive aos tutores pela dedicação em nos orientar e pela elaboração das aulas. Foi muito prazeroso poder aprender a lingua de sinais de uma maneira tão descontraída e com material tão completo e descomplicado. Muito obrigado.
Marcus Vinícius de Melo Borges
Uberlândia :: MG

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Silêncio



Alguém diz que eu
Vivo no silêncio.
É verdade.
Silêncio de corpo, mas não
de espírito.

Este, ouve e canta
as alegrias que Deus lhe deu,
de Viver!!!

Que importa ser-se surdo
num mundo cheio de ruídos
sem ligação alguma com o meu
Ser.

Bendito sejas, Senhor, que me destes
os silêncios deste mundo.

Ao existires, de facto, para mim,
fazes com que o meu Eu viva,
porque Tu, Senhor, não abates
antes exaltas
a beleza dos sons
que o meu coração ouve...

(José Pedro Amaral - surdocego - Lisboa/Portugal)