sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Bilinguismo


O bilingüismo para surdos atravessa a fronteira linguística e inclui o desenvolvimento da pessoa surda dentro da escola e fora dela numa perspectiva cultural. A educação de surdos deve ser pensada em termos educacionais e não mais em termos de línguas, é preciso traçar a educação de surdos a partir de uma pedagogia surda. (Skliar, 2005 apud Quadros).

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Língua Brasileira de Sinais


A língua é um meio e não pode ser tratada como fim na educação. No caso da educação de surdos, a língua de sinais é o meio de acessar as informações dos conteúdos da educação e da vida e a língua portuguesa é um meio de acessar a leitura e a escrita do que é escrito nessa língua. A língua de sinais pode ser usada para compreender aspectos da língua portuguesa, assim como é usada para compreender quaisquer outros conteúdos.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O surdo



A surdez deve ser reconhecida como apenas mais um aspecto das infinitas possibilidades da diversidade humana, pois ser Surdo não é melhor ou pior do que ser ouvinte é apenas diferente. Eu nasci Surdo e, como só se perde aquilo que se tem, nunca perdi a audição, pois nunca a tive. Eu tenho direito de viver assim e o mundo tem o dever de aceitar minha diferença” (PIMENTA, 2001, p. 24).

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Depoimentos

Muito boa a forma com que o curso foi estruturado. Fiz as atividades acompanhado de meu filho de 10 anos, e aprendemos bastante conteúdo juntos. Até a próxima. Abraços!
Eunir Augusto Reis Gonzaga
Uberlândia :: MG


Parabéns pelo curso, a didática apresentada é fascinante envolvendo o aluno com um mundo até então desconhecido, amei o curso e tenho certeza que cresci como pessoa e profissionalmente. Parabéns!!
Adriano Soares Andrade
Uberlândia :: MG


Quero agradecer a MEGAINFO e toda sua equipe inclusive aos tutores pela dedicação em nos orientar e pela elaboração das aulas. Foi muito prazeroso poder aprender a lingua de sinais de uma maneira tão descontraída e com material tão completo e descomplicado. Muito obrigado.
Marcus Vinícius de Melo Borges
Uberlândia :: MG

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Silêncio



Alguém diz que eu
Vivo no silêncio.
É verdade.
Silêncio de corpo, mas não
de espírito.

Este, ouve e canta
as alegrias que Deus lhe deu,
de Viver!!!

Que importa ser-se surdo
num mundo cheio de ruídos
sem ligação alguma com o meu
Ser.

Bendito sejas, Senhor, que me destes
os silêncios deste mundo.

Ao existires, de facto, para mim,
fazes com que o meu Eu viva,
porque Tu, Senhor, não abates
antes exaltas
a beleza dos sons
que o meu coração ouve...

(José Pedro Amaral - surdocego - Lisboa/Portugal)

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Oralismo e Educação bilíngue



Oralismo – é a filosofia educacional voltada exclusivamente ao ensino do português oral e escrito as crianças surdas. Nas escolas que adotam essa perspectiva, não são permitidos sinais durante as aulas.

Educação bilíngue – proposta educacional que parte do principio do aprendizado da língua de sinais como primeira língua, no período de zero a seis anos. A partir dessa base linguística, inicia-se o aprendizado do português escrito com metodologias de ensino de segunda língua, a partir dos três anos. Caso seja opção dos pais, o português oral será ensinado em período contrario a escolarização, sob a responsabilidade de fonoaudiólogos com experiência nessa tarefa.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Qual a diferença entre cultura surda e comunidade surda?



Para a lingüista surda Carol Padde "uma cultura é um conjunto de comportamentos aprendidos de um grupo de pessoas que possuem sua própria língua, valores, regras de comportamento e tradições". "Uma comunidade é um sistema social geral, no qual um grupo de pessoas vivem juntas, compartilham metas comuns e partilham certas responsabilidades umas com as outras".

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Surdos ou Deficientes Auditivos? Qual a diferença?


Muitas são as dúvidas e polêmicas sobre tais termos, mas de acordo com a concepção da comunidade surda eles apresentam diferenciações.

Deficientes Auditivos refere-se a pessoas que teve perda auditiva após ter adquirido linguagem por meio de via auditiva, essa pessoa tem por tanto uma audição dificultada parcialmente, e de uma forma geral não interage na comunidade surda, uma vez que procura compensar as perdas auditivas com aparelhos de ampliação sonora, mantendo quase sempre uma boa comunicação com os ouvistes.

Já o surdo é toda e qualquer pessoa que não possui uma audição funcional e não adquire linguagem por esse canal, possui assim diferenças no aspecto de comportamento linguístico, utilizando de um sistema linguístico próprio (gestual/visual). Além disso os surdos dentro de sua comunidade, a partir de sua língua, possuem sua própria cultura, e lutam constantemente pelo exercício e pelo respeito de sua identidade.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Cidadania, Surdez e Linguagem - Desafios e realidades


O livro trata de uma das principais questões que se tem ao lidar com o indivíduo surdo: o papel da língua de sinais no contexto ensino-aprendizagem. Em decorrência do fato de a língua ser imprescindível para que o surdo possa se constituir como sujeito do mundo, são discutidas questões relativas à família e à comunidade, trazendo contribuições para a compreensão da proposta de ensino bilíngue para sujeitos surdos. 

Autores: Zilda Maria Gesueli, Samira Kauchakje, Ivani Rodrigues Silva

Curso de especialização em interpretação de libras e português



Estão abertas, até dia 30 de agosto, as inscrições para o curso de especialização em Tradução/Interpretação de Libras e Português na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). 

O objetivo do curso é formar profissionais que viabilizem o acesso à comunicação, à informação e à educação de alunos surdos e que que sejam capazes de estabelecer a comunicação entre esses alunos e a comunidade escolar ouvinte assegurando-lhes a igualdade de direitos.

São oferecidas 40 vagas e para se inscrever é necessário que o candidato possua uma graduação e tenha conhecimento em Libras.

Mais informações pelo e-mail ufscar.libras@gmail.com.


Fonte: Ribeirão Preto Online

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Crianças surdas: no mundo silencioso da fantasia



A fantasia é fundamental para a criança entender a realidade que a cerca. Para quem não ouve nem fala, o faz-de-conta representa muito mais: a integração no mundo das brincadeiras das crianças comuns, sem deficiência. A pedagoga Daniele Nunes Henrique Silva pesquisou o assunto, publicado no livro Como Brincam as Crianças Surdas, da Editora Plexus. Em seu trabalho, ela ressalta a importância de se conhecer a língua dos sinais para entrar na fantasia com os amiguinhos e se igualar a eles no desenvolvimento intelectual.
O que a levou a pesquisar as brincadeiras das crianças surdas?
No curso de graduação, na Unicamp, comecei a estudar as brincadeiras de faz-de-conta de crianças em orfanato, interessada em saber que papéis elas gostavam de interpretar. Minha professora na época estudava as crianças surdas, percebendo que elas brincavam muito com situações que as faziam sair da condição de surdas, como atender telefone e ouvir rádio. Fiquei interessadíssima e resolvi fazer minha tese de mestrado aprofundando esse tema, com base nas seguintes questões: Como a criança surda utiliza a língua dos sinais nas brincadeiras? Como encena os papéis sociais? Que relação tem essa escolha com a linguagem?
O que você descobriu?
A pressão do mundo ouvinte é grande sobre a criança surda e ela quer entendê-lo. Uma das formas de fazer isso é brincando, e quando conhece a língua brasileira dos sinais, esse universo da brincadeira fica mais amplo. Ela pode explicar para o amigo o que está representando na brincadeira ou do que pretende brincar. Pode pegar uma cobra de pano, por exemplo, e indicar para a outra criança que aquilo virou uma moto. Esse ato de brincar com as idéias é essencial no desenvolvimento infantil. Para a criança surda que não domina a linguagem dos sinais, a brincadeira fica difícil porque ela não consegue passar sua idéia para o outro. Como ela diz para o parceiro que estão brincando de dirigir?
A brincadeira dessa criança precisa ser adaptada?
Não, a criança com surdez brinca da mesma forma que as outras. A diferença está na maneira de se comunicar. Por meio da palavra, ambas entram no mundo do faz-de-conta. No caso da criança surda, os sinais são a palavra. Quanto mais cedo ela aprender essa linguagem, melhor para seu desenvolvimento. Porque ela terá maior condição de representar o mundo e de se expressar sobre ele. Essa é a base de todo raciocínio da criança e o fundamento de todo pensamento simbólico, abstrato e representativo.
O que chamou mais a atenção nas brincadeiras dessas crianças?
A criança surda organiza a brincadeira de um jeito diferente, porque utiliza as mãos para tudo, fazer sinais, gestos e compor expressões corporais. E tem de representar com muita rapidez para o colega entender, entrar no enredo e não desistir da brincadeira. Se ela não sabe a língua dos sinais, a brincadeira não se desenvolve tanto quanto no faz-de-conta da criança ouvinte, que recheia sua fantasia com muitos diálogos e representações. Outro aspecto é que o faz-de-conta começa quando a criança aprende a falar. Por volta dos 2 anos todas têm essa capacidade. No caso da criança com surdez, é quando ela começa a se expressar por sinais. Daí a importância de os pais detectarem o problema cedo e usarem a linguagem dos sinais com o filho o quanto antes. A criança que ouve participa do mundo muito antes de falar. A mesma coisa precisa ocorrer com o deficiente auditivo. Ele precisa estar inserido no universo da sua língua muito antes de começar a falar.
Que dicas você poderia dar de como brincar com a criança surda?
É ela que nos ensina a brincar. Muitos me perguntam se tem um brinquedo específico para surdos. Os brinquedos são iguais para todo mundo. Não se pode discriminar brinquedos, a sociedade já está por demais discriminada. Se for pensar assim, daqui a pouco vai ter brinquedo para branco, negro, índio, chinês. Não é preciso ensinar uma criança a brincar. No caso do deficiente auditivo, é só dar a ele ferramentas para se comunicar, para que ele faça fluir sua imaginação.
Dá para ensinar a língua dos sinais na brincadeira?
Esse aprendizado deve funcionar igual ao da fala para a criança ouvinte. Não a ensinamos a falar. No cotidiano, com a convivência com os pais, suas atividades são marcadas pela fala. Deve ser assim com a criança surda. O neurologista Oliver Sacks escreveu sobre isso num livro, descrevendo um lugar nos Estados Unidos, a ilha de Martha’s Vineyard, no estado de Massachusetts, onde a maioria dos habitantes é surda. Ele diz que quando se chega lá você é o diferente, porque é o ouvinte e todos se comunicam por sinais. E o desenvolvimento das pessoas é igual ao de qualquer ouvinte. É isso que os pais de crianças surdas têm de entender, o quanto é importante aprenderem a língua dos sinais, como se fossem surdos também, para transmiti-la ao filho. “Os pais da criança surda precisam aprender a língua dos sinais para ensiná-la ao filho o mais cedo possível. Isso faz diferença nas suas brincadeiras “
Como Brincam as Crianças Surdas Daniele Nunes Henrique Silva
Editora Plexus (11) 3865-9890

Eu vi aqui

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Sejam bem vindos


Iniciamos hoje mais uma turma com alunos da INFRAERO.

É muito importante saber que cada vez mais funcionários de setores importantes passam a fazer parte dessa jornada especial que é tecida como uma “rede humana de aprendizagem”. E esperamos que essa “rede” que começamos a tecer, por meio de uma coletividade de saberes, possa contribuir para um novo “olhar”, uma nova concepção de inclusão das pessoas com surdez.

São pessoas de todo o país ampliando a sua capacidade de comunicação com o surdo, contribuindo assim para a sua inclusão em nossa sociedade.